Incêndios florestais – maiores, muito mais quentes – o “Novo Normal”
Incêndios florestais mais frequentes, intensos e de maior duração estão devastando regiões mais diversas do nosso planeta, a maioria agravada por recordes históricos de temperaturas altas e condições mais secas, isto considerando apenas os últimos meses “.
Em junho, incêndios violentos atingiram a região de Garden Route ao longo da costa sul da África do Sul, em Knysna. Estes incêndios obrigaram cerca de 10 mil pessoas a saírem de suas casas e causaram graves danos às reservas indígenas, culturas agrícolas, residências, hotéis e pousadas em um dos destinos turísticos mais populares do país.
Em meio a temperaturas elevadas, em meados de junho, uma série de quatro incêndios entraram em erupção na região central de Portugal, resultando em pelo menos 64 mortes, dezenas de feridos e danos generalizados aos edifícios e à vegetação.
No oeste dos EUA entre janeiro e maio, 57 mil incêndios, os maiores desde os anos 2000, queimaram 1 milhão de hectares, o segundo maior registro histórico, de acordo com os Centros Nacionais de Informação Ambiental. Em julho, cerca de 8 mil pessoas foram forçadas a sair de suas casas na Califórnia, enquanto os incêndios causavam destruição nos estados norte americanos do Arizona, Oregon e Nevada e na província canadense da Colúmbia Britânica.
Em fevereiro, o Chile experimentou o seu pior desastre natural, já que os incêndios destruíram 160 mil hectares de florestas nas regiões centro-sul do país por conta de uma severa seca.
Incêndios devastadores, como estes, não são inteiramente inesperados. O aquecimento global e as mudanças climáticas, como os cientistas climáticos têm advertido durante anos, trazem consigo mudanças nos níveis de umidade e precipitação reforçando os extremos, áreas úmidas ainda, mais úmidas e, consequentemente, áreas secas, ainda mais secas.
Segundo Chris de Bruno Austin, CEO da Working on Fire International, “em muitos lugares quentes e secos, ouviremos com ainda maior frequência relatos sobre incêndios florestais devastadores, esta condição já é considerada o novo normal.”
“À medida que o mundo aquece, podemos esperar mais incêndios”, diz a organização The Union of Concerned Scientists dos EUA. Os períodos de incêndios florestais também se tornarão mais longos e as ocorrências se tornarão mais severas. Nos EUA, por exemplo, os incêndios florestais nos estados ocidentais têm aumentado em frequência e duração desde meados da década de 1980, ocorrendo quase quatro vezes mais frequentemente, queimando mais de seis vezes de área e durando quase cinco vezes o tempo que em períodos anteriores.
O Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD), na África do Sul, alerta para uma grande desvantagem da resposta tradicional aos incêndios florestais, ou seja, de apenas focar na supressão de fogo. O que agora se tornou imperativo, explica o PNUD, é a adoção de uma “gestão de incêndios florestais efetivamente coordenada e sustentável para reduzir o risco de incêndios incontrolados devido às mudanças climáticas”.
A melhor maneira de fazer isso, explica o PNUD, é através do que é conhecido como Manejo Integrado de Fogo (MIF) – um termo e conceito que uma empresa sul-africana, a Kishugu, sob a marca Working on Fire (WOF), desenvolveu e oferta ao mercado. A Kishugu, através da WOF, implementou o MIF nos cinco continentes através das operações da Working on Fire International no Chile, no Brasil, na Austrália, na África e na Indonésia.
“O MIF é fundamental para realizar uma abordagem equilibrada, viável e sustentável para gerenciar incêndios florestais com danos mínimos às pessoas e ao meio ambiente”, diz o PNUD.
“O incêndio florestal não pode ser totalmente evitado, mas é possível implementar práticas do MIF para reduzir os danos causados por incêndios indesejáveis. Chris comenta que não há dúvida de que devemos esperar mais incêndios indesejados com maior frequência e a melhor intervenção é o MIF”.
“O MIF envolve integração e coordenação de uma ampla gama de iniciativas, atividades, detecção e ações”, explica Chris.
Ele diz que “o MIF inclui programas de prevenção e conscientização sobre incêndios, queimadas prescritas, mapeamento de risco, identificação de perigos, compartilhamento e coordenação de recursos, detecção de incêndios, supressão de fogo, reabilitação de dano de fogo e pesquisa a nível local, provincial e nacional. O objetivo é criar um ambiente sustentável e equilibrado”.
A Kishugu define os componentes essenciais do MIF como:
- Redução: mitigação e gerenciamento do início e propagação de incêndios.
- Resposta: ações coordenadas para trazer os recursos corretos com informações precisas para um incêndio indesejável sem demora.
- Prontidão: atividades desenvolvidas para mitigar e gerenciar o início e propagação de incêndios.
- Recuperação: Reabilitação das áreas queimadas. Riscos imediatos incluem erosão do solo e danos a longo prazo por invasão de espécies de plantas exóticas e invasivas. Nas áreas comerciais pode haver uma necessidade de remover materiais queimados e replantar culturas comerciais e árvores.
O MIF, diz Chris, pode ser adaptado para atender às exigências de diferentes organizações, desde governos nacionais, regionais e municipais até associações de proteção contra incêndio, operações florestais comerciais em grande escala e vários outros potenciais usuários da terra. Também é completamente adaptado para atender aos requisitos legais específicos dos diferentes países.
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